“Quando o homem chegar a dominar-se conscientemente, dominará também a
Natureza, porque, conhecendo e obedecendo às suas leis, a Natureza, submissa e
escrava, obedecerá às suas ordens. Porém, enquanto imperar o egoísmo entre os
homens, os elementos transbordados serão tão caprichosos e cruéis como a humana
natureza... segundo estas proféticas palavras: “Quanto mais pesado fizeres o
mundo, mais o mundo pesará sobre ti””.
Professor José Henrique de Souza, Pensador e Escritor
Brasileiro, Fundador da SBE – Sociedade Brasileira de Eubiose.
A Palavra Dhâranâ, que vem do Sânscrito, tem o significado de “Controle Total da Mente”. Mente, num sentido mais amplo, é um instrumento de uso não apenas humano, mas de todos os reinos da natureza, pois de certa forma, tudo é a mente, como se todo o universo fosse um pensamento da Mente de Deus. É apenas uma forma de ver a coisa, de tentar enxergar o macro e o microcosmo. Assim, só podemos conceber o domínio da mente humana se for a própria, ou seja, não cabe aqui o domínio sobre o outro, pois isso seria uma forma de coação, de fazer o outro fazer algo que não queira, ou não concorde, algo como um tipo de tirania, um desrespeito ao livre arbítrio do outro, um crime, portanto.
Devemos dominar sim a própria mente, pois seu mundo é um
reflexo de sua mente. Se você nutre bons pensamentos, terá um bom mundo
exterior. O exterior é um reflexo do
interior. É simples, mas não significa que seja fácil, pois o primeiro passo é
entender a sutileza da consciência deste processo. Aí já fica complicado,
porque as pessoas preferem, de modo geral, apenas acreditar em algo se lhe cai
bem. Se lhe é agradável, aceita; se não, recusa. Daí já se percebe o tamanho de
nossas limitações, de padrões tão bem enraizados em nosso subconsciente que
achamos que assim que deve ser, pois nunca paramos para pensar: e se o ideal
fosse eu começar a aceitar algo que não concorde de imediato? E se fosse bom
para minha evolução questionar se o bom é de fato bom apenas porque me cai bem?
Quando o bom é bom porque me cai bem, e quando não?
São perguntas pragmáticas, devem ser tidas com intuito de se
colocar em ação um empreendimento em prol da própria evolução, pois sem
questionar, não há evolução. Apenas aquele que ousa questionar aprende a
questionar cada vez melhor, de modo prático, não apenas para o deleite da
mente, mas para se colocar em aplicação na vida efetivamente, e mudar os
padrões limitantes. O homem só conseguirá ser pleno, quando dominar sua mente
plenamente, e isso significa dominar o subconsciente, o inconsciente, as
emoções, etc. Assim, domina todo seu mundo, e a Natureza se curva!
Os três planos da evolução e de domínio do ser humano devem
portanto ser: o corpo, a alma, o espírito. Dominar o corpo significa dominar
sua saúde plenamente, sua alimentação, as experiências que opta por ter, por
vivenciar com seu veículo físico, como esportes, por exemplo.
Dominar a alma significa dominar sua mente e suas emoções,
isso requer um aprendizado de equilíbrio constante, pois somos testados
constantemente: assim que dominar um nível, passará para o próximo
desafio. A evolução nunca para!
Dominar o espírito, no sentido que quero aqui dar, significa
entregar-se plenamente para a sua Divindade Interior, a sua Sabedoria Interna,
sua Voz do Silêncio, como diria Blavatsky, e outros sábios mais antigos. A
mente humana só compreende o que tem nome, cor e forma. Nome tem relação com o
canal auditivo; cor, com o visual; forma, o cinestésico. A mente mente, pois
tudo o que ela gera são pensamentos engendrados com suas referências interiores
que são, por sua vez, impressões na mente de energias captadas pelos sentidos.
Os sentidos filtram as informações, e assim produz efeitos através de três
processos internos: elimina informação, generaliza a informação, e distorce a
informação, ou seja, o efeito causado nas impressões internas da mente humana
são destorcidos, generalizados e omissos. A mente precisa trabalhar com esses
processos, ou não dá conta de tanta informação. É de sua natureza. Dominar a
natureza da mente é dominar a si mesmo, ser Senhor de si.
Generaliza, ou aprende, por exemplo, que atravessar a rua sem
olhar é perigoso, assim toda vez que uma pessoa vai atravessar a rua, ela tende
a olhar bem para ambos os lados. É uma generalização útil e positiva, mas nem
todas são, como por exemplo: todo homem não presta!
Omite ao atentar para o que interessa mais, para o que está
em sua mundo, por exemplo, um ciclista enxerga muitas bicicletas pela cidade,
enquanto um caminhoneiro enxerga muitos caminhões, omitindo o que não faz parte
de seu mundo, desta forma.
Distorce as informações, pois ao tentar entender o mundo, uma
informação, ou algo percebido exteriormente, ou mesmo interiormente, a mente
busca por respostas, e assim, muitas vezes encontra algumas que servem para
“quebrar um galho”, mas isso não significa que seja a resposta verdadeira. O
problema surge quando resolvemos nos fechar para um mundo mais amplo e
decidimos que aquilo é verdade. Proceder assim é se limitar, e se afastar da
meta de pleno domínio de si mesmo! Realmente o mais sábio conselho aqui seria:
tire suas conclusões, mas não coloque um ponto final definitivo. Estar aberto
para novos olhares sempre nos enriquece muito mais. Sábio é aquele que sabe
ouvir uma criança, um idoso, um jovem, os diferentes com respeito e real
interesse, pois temos tanto a aprender com tudo e com todos, que o mais sábio
de todos é aquele que diz que nada sabe, ou seja, ao nível de Sócrates. Esse
grau de maturidade interior deve ser consciente, não se deve assumir esta
postura apenas porque cai bem, tudo deve ser plenamente consciente. Só a
consciência domina a matéria, pois é esta sua Origem: a matéria origina-se da
Consciência, e tudo o que existe surge no plano da Consciência no princípio.
Queremos sempre o caminho mais fácil, mas assim caímos em
muitas armadilhas.
Há um caminho mais simples e fácil, por outro lado, e só
requer treino: consulte sua Sabedoria Interior. Entre no seu silêncio, na sua
Voz do Silêncio, esvazie a mente de todas as referências exteriores, medite,
pratique, e encha-se de sabedoria e de luz mental superior, de acordo com o que
seu Deus Interno disser, ou seja, não siga o que estou te falando, mas o que
sua Sabedoria Interna disser, orientar, mostrar, apontar, etc. Aprenda a
diferenciar se é sua mente, suas emoções, ou se realmente é algo puro e
superior, como uma verdade cristalina e indubitável. São coisas bem diferentes. Siga sua busca por
algo superior, pois estamos num momento de experimentação na face da Terra onde
as formas devem ser mais flexíveis, pois um dia viveremos num mundo sem forma,
sem cor, sem nome: a nossa origem divina.
Rogério Turgante
Escritor.
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